Durante a semana do Dia da Mulher, vamos apresentar algumas chapecoenses que se destacam em suas áreas pelos seus trabalhos em benefício à sociedade. Acompanhe um pouco da história dessas mulheres, que são verdadeiros exemplos de altruísmo, generosidade e solidariedade.
A solidariedade é necessária em todas as esferas. Olhar por daqueles que não podem cuidar de si mesmos é um gesto de compaixão, e precisa de cada vez mais adeptos. Seja com humanos ou animais.
É o que pratica a funcionária pública Claudete Michailoff. Desde 1989 ela acolhe cães e gatos de rua, dá a eles um lar e uma segunda chance. “Virou uma bola de neve, cada vez mais a gente encontra bichos abandonados. Aqui perto é um local que as pessoas abandonam bastante, principalmente perto das festas de fim de ano. Não entendo como pessoas fazem isso, de consciência tranquila”, lamenta.
A maioria dos animais são recolhidos por ela mesma, mas muitos outros vêm de quem conhecem o seu trabalho. “Quase todos chegam aqui bem debilitados. Tenho parcerias com clínicas veterinárias, onde eles são tratados, recuperados e castrados, depois procuro famílias para adotarem. Algumas pessoas também ajudam doando ração ou deixando um valor pago na clínica”, conta a cuidadora independente.
Claudete abriga mais de 40 cachorros e gatos na sua casa, mas já chegou a ter mais de 60 de uma só vez. A família inteira acaba se envolvendo e eles acabam fazendo parte da família também. Um esforço feito com muito carinho e dedicação. “Você vê o bicho abandonado e sabe que ninguém irá cuida-los, então eu faço a minha parte. Tem quem acha que ajudar é sendo cuidadora, mas tem várias formas de fazer a sua parte. Divulgando para adoção, dando lares temporários, denunciando maus tratos, doando ração, ajudando a pagar as clínicas”, indica,

Olívia foi encontrada desnutrida e grávida. Com a saúde debilitada, seus filhotes não sobreviveram, mas Claudete se empenha em sua recuperação.
Procurada para ajudar com dúvidas sobre castração ou cuidados em geral, a cuidadora conta que nem precisa caminhar muito para encontrar um novo amiguinho precisando de auxilia. “Saio para comprar um quilo de açúcar e volto com um cachorro. Esses dias, saí para ir ao mercado e nem cheguei lá, pois encontrei uma cachorra prenha no caminho e trouxe para casa”, recorda.
As fotos guardadas por Claudete mostram as condições que muitos bichos chegaram até ela, e como foram recuperados sob os seus cuidados. A diferença é surpreendente. Ela ainda acompanha as adoções, para ter certeza que goram feitas de maneira consciente e garantir que suas “crianças” não tenham o mesmo destino novamente: as ruas.
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